sábado, 5 de novembro de 2011

Piercing e Tatuagem. É pecado?

Povo de Deus, 

Primeiramente agradeço a galera do Folhinha Atus pelo convite; fui muito edificado no preparo desse texto. 
 Admito que o comentário ficou um pouco longo; ainda assim aconselho a leitura total; sei que edificará e fundamentará as suas vidas na Verdade (que é Jesus) aplicada a esse tema tão polêmico. 
 Reconheço também que alguns termos podem ser novos para parte de vocês. Não tenham vergonha em perguntar ou pedir explicação a alguém mais velho. 
 Bem galera, pra começar vamos pontuar a origem do piercing e da tatoo, e a sua utilização pelo homem. Vamos lá; como surgiu? 

 Há relatos de uso do piercing, em variadas regiões do corpo, por diversas culturas; povos da Índia, Antigo Egito, Nova Guiné, Indonésia, tribos da América do Sul e da África. O uso de maneira geral está ligado à cultura, entretanto a influência espiritual não está desassociada, uma vez é um dos elementos formadores de uma cultura. Como exemplo, cito algumas formas de utilização por parte desses povos: O piercing da ala do nariz era utilizado na Índia pelas castas (classes sociais) mais altas; a aplicação no septo nasal surgiu na Nova-Guiné. No Antigo Egito os faraós (e somente eles) obtinham o piercing em uma cerimônia própria; fazia-se então, menção a uma deusa, cuja imagem era representada por um gato com alguns piercings espalhados pelo corpo. Tribos sul-americanas e africanas utilizavam o piercing (com alargador) para indicar importância; quanto maior o furo mais status social. Astecas e Maias faziam piercings na língua como parte de um ritual de comunicação com os deuses. Na cultura ocidental o piercing trazido da Índia foi introduzido pelos hippies, entre os anos 60 e 70, sendo absolvido e disseminado pelos punks e outras culturas jovens dos anos 80 e 90. 
 O termo tatoo surgiu derivado do som emitido num rudimentar processo de confecção da tatuagem; ossos finos como uma agulha e um martelinho eram utilizados para introduzir a tinta na pele, Antes disso, a tatuagem já havia sido identificada em diversos sítios arqueológicos. Tem-se informação de seu uso já no Oriente Antigo; na ocasião, símbolos eram fixados com uso do fogo; este acontecimento fazia parte da declaração de fé a uma deusa egípcia. Marcações na nuca ou no punho também foram encontradas por parte de cultuantes de um deus sírio. Boa parte dos símbolos utilizados faz alusão ou apologia a alguma superstição ou crença em algo reprovado por Deus.  
E atualmente? Podemos notar que hoje o piercing e a tatuagem são utilizados muito mais como elementos de moda e estilo do que como parte de um culto ou ritual religioso. Muitos colocam piercing porque acham bonito, se tatuam porque essa é uma prática comum em uma determinada tribo, devido a condições de aceitação em ambientes e grupos sociais. Nas últimas décadas o que começou como símbolo de rebeldia, de sadomasoquismo e de oposição à sociedade vigente, tornou-se em adereço e elemento estético, com o seu uso normalizado. 
 O que a Bíblia diz? Os versículos mais utilizados no Antigo Testamento em oposição a essas práticas são: “Pelos mortos não dareis golpes nas vossas carnes; nem fareis marca alguma sobre vós.” Lv 19:28 e “... nem darão golpes na vossa carne.” Lv 21:5. 
Já aprendemos com o nosso bispo que Deus tem direito sobre o corpo humano, por vários motivos. Alguns se rebelaram contra Deus; mas nós, que somos submissos ao plano divino para a humanidade, não podemos ignorar esta ordenança dEle; Deus, nosso Pai, proíbe o marcar-se (em algumas versões bíblicas, como a NVI, aparece a palavra tatuar) e também o golpear ou “traspassar” a carne, termo que no inglês é “pierce”.  
Em consenso com a ordenança divina não podemos negar a existência de riscos oferecidos à saúde, que vão desde uma inflamação e irritação até a transmissão de vírus como o HIV e da Hepatite B e C. 
 No tempo da Graça, no Novo Testamento, vemos Deus revelando o propósito do homem. De acordo com I Co 3:16 nós, filhos de Deus somos templo do Espírito Santo, morada de Deus, o nosso corpo é propriedade do Senhor. Não temos direito de degradá-lo ou destruí-lo, nem fazer algo que desagrade aquele que nos formou. 
 Particularmente não me sinto atraído em fazer uma tatuagem ou colocar piercing em alguma parte do corpo; caso tivesse esse desejo, iria pedir a Deus para inclinar meu coração para aquilo que é vontade dEle, e não me deixar influenciar pelo que várias pessoas ao meu redor estão fazendo. Com sinceridade e sem orgulho temos que admitir que muito do que desejamos é fruto de uma influência, de padrões sutilmente impostos a nós, e que aceitamos e admiramos. Temos que perceber também que os produtos que o mundo nos oferece têm origens, conseqüências e significados (não revelados) com os quais não concordaríamos; muitas vezes pecamos pela falta de conhecimento ou por acomodação, conformação. Como em qualquer área da nossa vida e de nosso relacionamento com Deus, admitir a tentação é o primeiro passo para conseguir vencer e dominar, através da Graça e poder de Deus, as vontades e desejos carnais, humanos (e passageiros). 
 Que Deus seja indicador do nosso próximo passo, a cada passo. Abraco,] 
 Eliezer 

Fontes: 
Ferramenta, o perigo oculto em tatuagem e piercing, Édino Melo.
Wikipédia, a enciclopédia livre.

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