quinta-feira, 3 de maio de 2012

Igreja: Museu para santos ou hospital para pecadores? (Marcos 2:17)


(...) “A Igreja não é um museu para santos, mas um hospital para pecadores.” Fato é que vivemos no mundo da “não graça”. Ouvimos quase que todos os dias as frases que se transformaram em conceitos: “Nesta vida nada é de graça.”; “Cada um acaba ganhando o que merece.”; “Quer alguma coisa? Vá trabalhar!”; Quer misericórdia? Faça por merecer!” ou “Deus só ama os bons meninos.” Crescemos com a firme convicção de que não há “graça”, não há presente imerecido nesta sociedade. Imaginamos que Deus também nos tratará da mesma forma. Assim sendo procuramos esconder tudo o que é feio e repulsivo em nós. Vestimos máscaras, enfatizamos nossas habilidades, varremos para baixo do tapete nossa sujeira e esquecemos que Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Ele não veio encontrar o superespiritual nem buscar os seres híbridos, meio homens, meio anjos. Acontece que o Reino pertence a pessoas que não estão procurando impressionar a alguém, a si mesmos, quanto menos a Deus. O cidadão do Reino da Graça é comparado a uma criança (Mc 10:15), pois a criança não luta por uma posição favorável e não engenha um rosto artificialmente aceitável a Deus ou aos homens. Tudo o que a criança faz é aceitar com alegria presentes que não imagina quanto custaram. A mulher adúltera, a samaritana, Maria Madalena, Zaqueu e outros são as crianças que compreenderam que nada tinham para dar em troca do bilhete de entrada no Reino. Foram alvos da graça. Paulo chama esta aceitação desprovida de méritos de “loucura da cruz”. Para nossa sociedade a graça é apenas um conceito inatingível e quase teórico. Há poucos meses um dos nossos jovens aqui da 1ª IPI encontrou um mendigo alcoolizado, falou-lhe sobre o evangelho, orou por ele e levou-o para o Esquadrão da Vida. Este senhor recuperou-se, foi alcançado pelo perdão de Deus, voltou para os familiares mas logo sua saúde debilitada levou-o a óbito. Este jovem foi um agente da graça em meio a desgraça. Cumpriu seu papel enquanto parte da igreja transformadora. Philipy Yancey conta que em certa ocasião foi procurado por uma prostituta que lhe pedia ajuda para sustentar a filha de dois anos. Em soluços confessou que alugara a filhinha para homens pervertidos para sustentar o vício. Após falar do poder de Cristo e orar por ela, Yancey recomendou que procurasse uma igreja. Assustada ela respondeu: “Igreja? Por que eu iria a uma igreja? Já me sinto terrível o suficiente. Eles vão fazer com que eu me sinta ainda pior.” Será que nossas igrejas deixaram de ser agentes da graça? Vamos refletir um pouco sobre isso...


Adaptado de: http://www.ipimarilia.com.br/pastorais/130708.html

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